quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Abundância de energia na gestação



Na gestação, muitas vezes nos sentimos cansadas, registrando alguns desconfortos, que envolvem sensações no digestório, peso, etc.
O desenvolver da placenta, o aumento do útero, etc, vão gastando energia... mas precisamos reativá-la com consciência.

É importante nos lembrarmos de que o bebê se desenvolve no ventre e todos os órgãos ficam mexidos com o desenvolver da gestação e também a energia da gestante pode estar mais focada nesse ponto...

A relação de abundância na gestação, começa com a circulação adequada da energia!

Se retemos a energia nos ombros, por exemplo, a respiração trava...se deixamos a respiração curta, nos sentimos ainda mais cansadas...

É fundamental nos relacionarmos com a fluidez da energia, respirando com profundidade e experimentando ampliar o nosso potencial respiratório. Essa sensação de espaços internos, registra a presença da abundância de bem-estar e de tranquilidade.

Assim, experimente Ujjyai pranayama,(texto com vídeo no blog), associado a movimentos simples de espaçamento entre as costelas e vértebras e vai visitar a sensação da abundância de espaços internos...

Faça a adequação da sensação da energia de expansão e aterramento no seu corpo, distribuindo adequadamente o que precisa ativar e o que é necessário liberar em você, que vai sentir o registro da abundância.

Nas aulas de Yoga para gestantes sentimos a ativação da musculatura de sustentação e a liberação dos ombros, dos espaços no ventre e nas costas. Através de técnicas respiratórias específicas, liberamos também, desconfortos digestórios. Lembrando sempre de que já temos bastante estímulo no ventre, o que pode gerar mais sensações, como mais produção de suco gástrico no estômago, peso, etc. Assim, é fundamental circular essa energia com consciência.

Nessa postura em movimento, a gestante cria espaços no centro do peito e entre as mãos, com expansão e aterramento, gera uma sutil torção na coluna, ativando o períneo e liberando espaços entre os órgãos.

É importante lembrar que se o ar fica retido no peito e os ombros tensos, é como se enchêssemos um balão de ar. Esse ar preso, só fica retesado, não tem mais função. (Experimente liberar as tensões dos ombros – texto no blog)

Com esse movimento, a gestante cria espaços nas laterais do tronco, entre as costelas, se alonga lateralmente, ativando os braços, mas afastando com consciência os ombros das orelhas.

Energia parada é estagnação, que é o oposto de abundância... Busque sentir a fluidez...

Nesse vídeo, agestante, já de reta final, associa movimentos à respiração, ativando a musculatura de sustentação e liberando espaços internos e tensões.


Comece seu dia então, acessando a abundância de poder perceber a sua respiração e poder ampliá-la, acessando cada vez mais espaços internos, independente do seu período gestacional.
Visualize a sua respiração e seus espaços internos se expandindo... Crie essa percepção (veja o texto sobre visualização interna)

Crie o seu potencia de abundância com consciência  e agradeça cada conquista no seu dia e no seu processo gestacional!

Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
@cristianiw.bez
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
Yogashala Brasil – Centro – https://www.yogashala.com.br/
Yogaluz – Santa Mônica - http://www.yogaluz.com.br/


terça-feira, 1 de outubro de 2019

Técnicas de visualização interna



É muito importante desenvolvermos o potencial de internalização em todas as fases da vida, para relaxar, concentrar, se perceber...

Na gestação, poder gerar as visualizações internas que conectem a mãe com suas sensações, com o seu bebê e também com o seu potencial de conduzir a energia da melhor forma, é uma maravilhosa ferramenta.

Uma técnica de percepção da respiração e seus movimentos, conhecida como Japa ajapa, pode ser adaptada para as práticas de posturas e técnicas respiratórias, desenvolvendo e potencializando esse exercício de internalização e o movimento consciente da energia.

São muitos os benefícios dessa técnica: reorganização do ritmo respiratório, adequação do movimento da energia interna, internalização consciente, tranquilização da mente, aumento do potencial de concentração, etc.

Buscando o alinhamento da coluna, mesmo em posturas de inclinação, pode-se adaptar essa técnica, visualizando a respiração com movimentos associados.

Nessa postura a gestante visualiza a energia subir na inspiração, do cóccix ao topo da cabeça, e aterrar na exalação, dos intercílios ao períneo. (segue vídeo)


Uma percepção circular, enquanto trabalha o alongamento da região ciática e virilhas, afasta os ombros das orelhas, ativa as costas, braços e mãos.



Uma condução básica, que sempre indico dessa técnica é:
Ao inspirar, visualize o ar entrando e a coluna se expandindo para o alto; ao exalar, o ar vai saindo pelas narinas e você registra o esvaziamento até o baixo ventre. Expansão e aterramento conscientes.

Podemos fazer percepções ainda mais específicas, como visualizar o movimento da respiração entre dois pontos: o ar sempre entra e sai pelas narinas. O praticante, sentado com a coluna ereta, visualiza um tubo transparente entre a garganta e o umbigo. Quando o ar entra, sente expandir do umbigo a garganta; quando o ar sai, sente esvaziar da garganta ao umbigo.
Lembre-se sempre de compreender bem os comandos internos para que a técnica movimente a energia adequadamente.

No texto de hoje, vou deixar um vídeo com a prática de uma postura simples com visualização, para sentir os espaços internos, acessando e potencializando os benefícios da postura. Perceba que poderá adaptar essa visualização em várias posturas, sempre atenta à respiração e seus movimentos internos!
Pratique sempre o que se sentir segura! Peça auxílio de um professor habilitado, se tiver dúvidas.

Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
@cristianiw.bez
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
Yogashala Brasil – Centro – https://www.yogashala.com.br/
Yogaluz – Santa Mônica - http://www.yogaluz.com.br/





quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Dicas para aulas de mamãe e bebê



A mulher no pós-parto tem muitas alterações químicas, muitas transformações. O bebê agora está fora do ventre e demanda uma atenção e comunicação diferenciadas.
No chamado pueripério, o útero da mulher começa a retornar ao tamanho da pré-gestação, o bebê demanda da mãe para atender as suas necessidades fisiológicas e muitas vezes a mãe esquece do autocuidado.

Todos esses processos podem ser estressantes para a mãe, até mesmo a amamentação, mas ela também está vivendo a bênção da maternidade... São sensações conflitantes, muito comuns no pós-parto.

Preparei então, algumas sugestões que podem ser úteis na elaboração das práticas de mamãe e bebê.

Para que a mãe se reconecte, acessando seu bem-estar, é importante ter momentos de introspecção, consciência da respiração, movimentos de liberação das tensões dos ombros e costas, alinhamento da coluna e ativação do baixo ventre e períneo, para retornar ao seu estado natural de sustentação, reorganizando novamente os órgãos no ventre.

É bem positivo para mãe e bebê começarem as práticas em grupo após os 2 meses, ou até um pouco antes. O professor deve estar atento à faixa etária dos bebês no mesmo grupo e também na quantidade de participantes, para gerar o estímulo adequado aos bebês e o acolhimento mais eficaz para as mães. Com 2 a 4 ou 5 duplas, as dinâmicas e trocas são bem estimulantes, mas se tiver uma única dupla, também é especial.

Em aulas no Chidananda Yoga em São Paulo, cheguei a dar aulas para até 6 duplas, mas as mães tinham feito aula durante toda a gestação e já havia uma conexão especial com as mães e com os bebês... a meu ver, isso é um facilitador especial!



Sugiro grupos de 2 a 5 meses, mais ou menos e grupos de 6 a nove meses...


As mães, nesse primeiro ciclo de pós-parto, têm uma demanda maior, para sua reintegração.

É importante saber se o parto foi cesário, pois vai requerer mais cuidados na reconexão do ventre e baixo-ventre nas primeiras aulas. É fundamental estimular a respiração Ujjyai, o acesso ao eixo e os bandhas para essa reconexão.

Essas práticas também estimulam a sensação de sustentação, do físico ao sutil.
No parto vaginal, esses cuidados também se fazem importantes, mas não há a fragilidade da cirurgia.

- É fundamental o bom senso do professor nessas práticas.
- Fazer “mais” não é uma boa dica para o começo desse resgate, o acesso à interiorização através dos olhos fechados e a consciência da respiração é uma grande conquista!
- Sentir o abdômen em posturas com o ventre apoiado em uma almofada ou nas suas coxas,pode ser uma redescoberta de seu espaço, de ter o seu abdômen de volta. É comum as mães sentirem a saudade da barriga, assim, estimular essa reconexão com o seu corpo, seu ventre, é especial.



- Também posturas com os bebês que acesse a energia do abdômen, aos poucos, são estimulantes para a dupla.

- Trabalhar mulabandha e uddyana bandha com a consciência no eixo.
- Orientar práticas em que a mãe possa sentir as costas no solo para a acomodação e realinhamento da coluna, soltura dos ombros e escápulas e também posturas de acesso ao alinhamento dos pés aos quadris.
- Em posturas de pé, sentada ou deitada com levantamento pélvico, estimular esse reencaixe dos quadris, sempre acessando os bandhas. Isso é bastante importante, pois independente do tipo de parto, os quadris registram a informação de expansão, abertura e muitas vezes a mulher não se dá conta.



- Dar esse comando de reencaixe, realinhamento dos quadris com os bandhas é importante para evitar até mesmo processos de incontinência urinária.
- Estabeleça sequencias de técnicas respiratórias e posturas curtas, para que a mãe possa se perceber antes de voltar sua atenção ao bebê. A qualidade dessa integração é bem especial, quando a mãe se percebeu e já eliminou alguns excessos.
- Busque gerar inicialmente posturas simples que trabalhem os movimentos da coluna ( ver texto no blog)
- Trabalhe posturas que liberem os ombros, lembre-se de que a mãe leva o bebê no colo para várias funções e muitas vezes só se dá conta desse novo sobrepeso através das dores nas costas.
- Trabalhe técnicas respiratórias de acesso ao ventre, ativando a energia do CORE. Kappalabhati e BhastriKa são bem-vindas para limpar a mente e liberar emoções.
- técnicas respiratórias tranquilizadoras são sempre bem-vindas, especialmente antes do relaxamento.
- Relaxamento conduzido com a visualização de partes do corpo para a liberação pode ser bem eficaz.

Para os bebês, coloca-los próximos uns dos outros, facilita a dinâmica de estímulos externos, além dos sons. A percepção do outro, especialmente após os 2 meses, 3, é bastante especial.
É importante observar os bebê, após o 4º mês, que muitas vezes querem tocar o outro bebê, mas não têm noção de força e local. O olho do “amiguinho” é bem chamativo.

Já falamos em outros textos do blog sobre estímulos sonoros, toque nos pés e também estímulo visual, hoje pontuo essa interação que é bastante estimulante para os pequenos.

Na sua condução das aulas mamãe e bebê lembre-se de estimular a tranquilidade e bem-estar da mãe para que ela transmita essa sensação ao bebê, que é bastante perceptivo da energia da mãe.
Lembre-se também de estimular a mãe a se perceber e continuar em casa, especialmente práticas respiratórias com os olhos fechados.

Gosto de citar o exemplo do avião: “primeiro coloque a máscara em você para depois colocar na criança ou pessoa de sua dependência”.

O autocuidado da mãe é fundamental para que possa dar a atenção adequada e curtir o seu bebê, liberando os excessos que fazem parte do pós-parto.
Essa aula tem uma vibração de muito amor e entrega...

Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
@cristianiw.bez
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
Yogashala Brasil – Centro – https://www.yogashala.com.br/
Yogaluz – Santa Mônica - http://www.yogaluz.com.br/



segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Adaptações nas aulas para gestantes: um olhar especial



O olhar especial do instrutor é muito importante nas aulas de yoga para gestantes. Gerar adaptações seguras de acordo com o período gestacional é fundamental.

Ainda que a gestante seja praticante de yoga, deve-se considerar o espaço ventral e as alterações de hormônio.
Assim, perceber a energia da postura e buscar um apoio para que a gestante sinta com segurança o que o professor quer transmitir através da postura psicofísica escolhida, deve ser o propósito, para que sinta os benefícios da prática.

Lembre-se, por exemplo, de que posturas que trazem aterramento, trazem também sensação de sustentação, de firmeza, que pode ser percebida em pontos do corpo da gestante e também como sensação na mente e emoções. Trabalhar a consciência do períneo para essa percepção é fundamental.

Conquistar, mesmo que com apoio, uma postura aérea em um dia mais agitado pode ser uma percepção bastante especial para a gestante!

Adaptar as posturas, não significa “fazer menos” e sim, sentir melhor os benefícios, com mais segurança.

É sempre importante o professor de Yoga para gestantes se lembre de que está orientando e também cuidando de dois seres em constante transformação... às vezes a mãe demora um pouco para “aceitar” ou "perceber de forma consciente as oscilações naturais, as acomodações e acolhimentos que a gestação sugere, mas o professor deve ter esse olhar atento.

Para as práticas de yoga para gestantes, lembre-se sempre de trazer o foco ao eixo interno e técnicas respiratórias e de visualização que sugiram o retorno a esse eixo. (busque no blog esses textos sobre eixo interno e técnicas respiratórias)

Proponha-se a oferecer posturas que trabalhem a consciência sobre os movimentos da coluna que constitui um eixo bastante importante a ser observado (Texto sobre os movimentos da coluna)

Faça as adaptações necessárias para as gestantes. Talvez você precise dar sequências sentadas naquele dia, mas se a disposição das praticantes for boa, sugira posturas de equilíbrio e aterramento também de pé para ativar a sustentação, como variantes adaptadas de Virabhadrasana, Vrkshasana, Utthita e Parivrta Trikonasana.
Vão ajudar em várias ativações e alongamentos.

 Nesta imagem as gestantes passaram do Virabhadrasana I para uma torção com expansão do centro do peito. Bastante consciência na percepção expansão e aterramento. A ativação do períneo também é importante, seja associada à respiração ou como sensação de sustentação.

 Este é um exemplo de adaptação de Trikonasana. Com o apoio da cadeira, podem sentir os benefícios da postura fazendo a variante de alinhamento ou torção. A percepção do aterramento e sustentação são melhor ativados quando sentem o apoio.


 Nesta variante de Trikonasana com apoio na parede, as gestantes podem fazer várias percepções, desde expansão do centro do peito e liberação dos ombros, até o aterramento no períneo e planta dos pés. Pode ser feita em movimento com a variante de torção. (Você encontra o vídeo no blog)


Nesta imagem, uma variação de Parivrtta Trikonasana em movimento, para soltar a parte superior do corpo, sem perder de vista o aterramento.



Lembre-se também das posturas clássicas como Catuspadasana e as variantes de ativação das pernas e pés que pode adaptar.




Para a prática do Suryanamaskara, lembre-se de que não é adequada no primeiro trimestre e após o 6º mês, mesmo que a gestante seja praticante, por conta das alterações hormonais. Entre o 6º mês e o início do último trimestre é mais uma questão de adaptação ao sobre peso e no último trimestre, especialmente após a 30ª semana, temos novamente as oscilações hormonais que podem interferir na pressão arterial para o alto e para baixo.

- Lembre-se de que cada mulher tem uma história única e a gestação é sempre uma dupla!

- Lembre-se de que você sugere a prática segura, pois está cuidando e não praticando.

- Lembre-se de evitar o hiperaquecimento ventral a partir de técnicas respiratórias e sugestão de posturas.


Assim, sugira adaptação para o Caturanga dandasana, com a colocação dos joelhos no solo. Sugira também, adaptações com a cabeça ( que não deve descer) e flexão de joelhos nas posições semi-invertidas, pois não são recomendadas especialmente por conta das alterações hormonais.

Pessoalmente eu prefiro indicar a adaptação do suryanamaskara de parede (não há contra-indicações), ou o clássico com mais respirações conscientes em cada passagem e com adaptações em Ashwa sanchalasanana (afastamento da perna da frente e joelho oposto no solo), evitar passagem pela posição ashtangasana, bhujangasana (com joelhos no solo) e parvatasana (com joelhos no solo ou com a cabeça erguida e olhar fixo a frente), mas o professor precisa avaliar uma série de fatores, na condução da prática, dentre eles, a expectativa e histórico da gestante.

Conduza a percepções de interiorização, pois muitas alterações estão acontecendo dentro da mulher e no desenvolvimento do seu bebê... A mulher se transformar em mãe, já é um grande desafio...
Quanto mais acessar seu estado natural de tranquilidade, segurança e bem-estar, melhor acomoda todas as sensações...

O relaxamento conduzido é fundamental! Sugira percepções pelo corpo e propósitos de tranquilidade e segurança...
Lembre-se de que o bebê se desenvolve no Manipura chakra e faz parte da “jóia” que a mãe está cultivando como propósito!

Lembre-se de sua responsabilidade em cuidar, em perceber com um olhar especial os aspectos sutis da gestação...

Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
@cristianiw.bez
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
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sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Yoga casais grávidos – posturas de apoio



Já falamos da importância desta parceria na gestação e do valor do pai saber como apoiar em várias situações que incluem a reta final, parto e pós-parto.

Hoje vamos mostrar variantes de posturas que ajudam na prática do casal, na dinâmica de apoio, desde o início da gestação.
Do físico ao sutil, as posturas têm de ser construídas com equilíbrio entre a dupla, fazendo com que ambos exercitem o potencial psicofísico dessas posturas.



Essa preparatória é especial, com a conexão do olhar.

A pressão das mãos é fundamental para o posicionamento dos ombros e para conduzir a energia das escápulas às mãos, distensionando a região superior do corpo. 

Lembre-se de que o casal deve construir junto essa consciência, dosando a força com que pressiona as mãos.
O posicionamento das pernas também é importante para o equilíbrio e ativação adequada dos quadris aos pés, gerando aterramento, ancoragem.

A partir desta posição base, pode-se fazer variantes do Guerreiro - Virabhadrasana  e também do Triângulo - Trikonasana


Essa é a construção do Utthita trikonasana com uma expansão lateral e de espaços internos, que pode ser mais estimulada com as respirações aprofundadas e ativação dos braços e mãos. Sempre com a consciência no equilíbrio do casal.
 A torção (parivrtta) também pode ser feita, elevando os braços que estão para baixo e descendo, os que estão para o alto. O fundamental para acessar o benefício da posição, é o equilíbrio, especialmente no movimento conjunto.

Na condução de INSPIRAR E EXPANDIR E EXALAR E ATERRAR gosto de sugerir essa expansão de espaços internos para o novo e liberação de desconfortos, que vão do físico ao sutil.

Pode-se liberar a tensão dos ombros e feições do rosto, mas também pode-se pensar em liberar o medo ou agitações mentais desse momento da gestação do casal...


 Essa é uma variante que pode também ser feita na parede, para alongar todo o tronco, braços e pernas. Lembre-se da consciência na ativação da coluna! 
Até o alongamento do ciático pode ser feito com essa variante.

Na gestante, a soltura dos excessos de peso também podem ser trabalhados com respirações ventrais.

O casal pode fazer um profundo alongamento, ativando ora mais uma lateral, ora mais a outra, em comum acordo para o equilíbrio da dupla.

A condução das posturas acessando a parceria na construção do equilíbrio e nos pontos de apoio do corpo são especiais para que essas sensações de equilíbrio, apoio e bem-estar sejam sentidas pelos dois.

O trabalho da conscientização e ativação do períneo também pode ser feita com a respiração, nessas posturas:
Inspirar e expandir, exalar até ativar o períneo e sentir a planta dos pés.

Além das dinâmicas de massageamentos que já explicamos em posts anteriores, a construção das posturas em dupla é um ótimo exercício, que pode ser um estímulo diário à cumplicidade e ao bem-estar do casal, nesse momento tão especial!

Muitas vezes os meninos não percebem o acúmulo de tensões que carregam, especialmente relacionados às emoções da vinda do bebê e alguns excessos de trabalho, por exemplo. Essas dinâmicas são muito eficazes para a conscientização e liberação dessas tensões.

Yoga casais grávidos: pratique consciência com integração!
Namastê!

Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
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terça-feira, 27 de agosto de 2019

Equilíbrio entre ação consciente e recolhimento – na gestação e pós-parto




Na gestação esse equilíbrio entre a ação consciente/ prática de posturas e recolhimento/observação das nossas sensações/auto percepção, se faz essencial.
A prática das posturas e técnicas respiratórias do yoga nos ajudam a sentir, ativar e liberar sensações e até mesmo desconfortos, trazendo bem-estar.

A autopercepção nos permite observar com tranquilidade como devemos agir e também nos recolher.

Especialmente na reta final, o bebê comunica várias informações e nos transmite momentos de encaixe para ele e expansão e, muitas vezes, sensações dolorosas para nós. É um conjunto de percepções que vivemos em parceria e precisamos sentir também em parceria...

Se você observar, seu bebê já disse a que veio, já mostrou bastante da sua personalidade e também precisamos respeitá-lo para que a harmonia se estabeleça...

Se ele é muito agitado, fale com ele com tranquilidade, faça respirações profundas e transmita a sua tranquilidade a ele.

Se às vezes coloca o pezinho na sua costela ou empurra a mão na sua bexiga, faça carinho e peça gentilmente para tirá-lo, veja que vocês dialogam desde sempre e essa conexão vai para a vida, só tem de ser adequada às fases...

Se você é muita agitada, perceba a sua natureza e faça o mesmo, tente educar-se para vida... prepare-se para o exercício da paciência e veja quantos benefícios você pode colher com esse aprendizado!

Se seu bebê é mais tranquilo, uma forma de respeitá-lo também é recolher-se um pouco mais... em equilíbrio para os dois...

Busque essa conexão, vai ser um presente para todos!


Nas práticas de mamãe e bebê as mães observam muito sobre a natureza de seus filhos, como o seu estado natural de tranquilidade aquieta seu bebê e como seu movimento, muitas vezes constante para fora, o agita... As expectativas agitam... a respiração profunda e os olhos suavemente fechados, aquietam...

No pós-parto a correria muitas vezes nos domina, a constante vigia, o novo... o auto-resgate se faz então, necessário para o bem-estar de todos.



Busque fechar os olhos e ouvir a sua respiração por alguns intantes...
Tudo é um exercício diário, que pode começar na gestação... Um grande aprendizado de convívio e bem-estar para toda a família!
Conecte-se com você mesma, com o seu bebê, busque o seu equilíbrio natural, para agir com tranquilidade e relaxar quando preciso!

Namastê!

Cristiani W. Bez Matsuoka
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segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Conduzir a prática de yoga para gestantes: pressão arterial




Em todas as fase da gestação, a mulher deve ser observada e cuidada com atenção especial. O instrutor deve se lembrar sempre de que os hormônios da gestação alteram muitas sensações e aspectos psico-físicos na gestante.

Vamos trazer atenção especial às alterações da pressão arterial.

Desde o início da gestação, as oscilações da pressão arterial tendem a ser percebidas como diminuição. A gestante pode ter tonturas que podem evoluir para torpor ou até mesmo pequenos desmaios.

A melhor condução para evitar a evolução da queda da pressão arterial é conduzir a respiração profunda, que faça com que a gestante circule a energia, oxigenando o cérebro com consciência.

Caso perceba oscilação durante a prática, toque com uma das mãos a testa da gestante como apoio e com a outra o topo da cabeça, sugerindo que ela inspire até sentir a sutil pressão no topo da cabeça e exale, até perceber o baixo ventre.

É essencial que ela perceba o toque com uma sutil pressão no topo da cabeça, na inspiração.

A gestante que mantém essa oscilação deve conquistar posturas aéreas sempre próximo à parede ou com outros apoios.

Não deve praticar semi-invertidas para essa oxigenação do cérebro, somente com o apoio da parede ou da cadeira, que já pode auxiliar em várias outros benefícios.


Perceba toda a relação de alinhamento e sustentação que podem ser trabalhados nessa postura com movimentos;

Observe que desde o alinhamento até a liberação ventral, do ciático e quadris de um modo geral e ativação das pernas e pés podem ser trabalhados nessa variante de Ardha Uttanasana com apoio na cadeira.


A pressão arterial também pode subir, especialmente no último trimestre, devido à pré-disposição hormonal. Isso é bastante sério e o professor deve estar atento a essas reações.

Perceba se sua aluna tem ruborização constante da face durante a prática, se os batimentos cardíacos estão constantemente alterados e se ela apresenta dores de cabeça, especialmente no dia da prática.
Conduza práticas respiratórias na parede, de pé ou sentada e sugira que ela coloque para o médico essas observações. Deixe-a tranquila e certifique-se de que essas sensações não estão presentes durante a aula. Podemos minimizar essas sensações, mas com cautela e consciência do que estamos indicando.

A prática de yoga para gestantes deve sempre ser segura e com bom senso. Quanto mais pudermos conhecer para nos preparar para lidar com todas as gestantes que possam nos procurar, mais respaldo dos cuidadores como os obstetras, teremos e mais gestantes nos procurarão com confiança!

Namastê!

Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
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Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
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domingo, 28 de julho de 2019

Movimentos e sensações da reta final: Falsas contrações



A partir do 7º mês de gestação, até mesmo antes, é comum sentirmos alguns desconfortos causados por falsas contrações.

Elas podem acontecer comumente de 3 formas:

1.      O empuxo do baixo ventre, por causa da abertura do assoalho pélvico; essa sensação deve ser acomodada com movimentos sutis, como as rotações e liberações simples - o spping baby, que exemplificado no vídeo anterior. São como cólicas e costumam ser mais intensa nas últimas semanas que antecedem o parto.

2.      O entumecimento abdominal ou o endurecer da barriga. Essa sensação, que pode surgir desde o 6º mês pela respiração irregular, por comer com pressa, pelo movimento do bebê, etc., pode acontecer em vários momentos. É importante resgatar a respiração fluida para que esse desconforto passe, lembrando que essa sensação tende a ser mais prolongada na reta final. Preparei um vídeo orientando a liberação desta falsa contração.






3.      O empuxo e dor nas costas – especialmente na região lombar. Essa sensação pode ocorrer antes do 7º mês, por conta da postura e esforço físico inadequados, sobrepeso ou queda da energia vital. Essa sensação se intensifica na reta final, por conta das aberturas mais eficazes. O aquecimento e massageamento associado à respiração, podem ser feitos pelo “papai grávido” e é bastante reconfortante. Também vou postar em vídeo algumas dicas.  






As três sensações podem evoluir para contrações de treinamento, aumentando a intensidade, o tempo de duração. Podem acontecer todas juntas ou não.

Busque sempre resgatar a conexão com a sua respiração, focando nesta fluidez.

Lembre-se de que essas sensações fazem parte do processo da gestação para que você prepare seu corpo para o parto e que a evolução dessas contrações, fazem parte do processo de trabalho de parto.

Está tudo certo, são sensações que devem ser acomodadas. Evite travar a respiração, pois o foco na sensação dolorosa será maior.

Costumo dizer que é como a temperatura e a sensação térmica: muitas vezes o termômetro marca 18º, mas o vento forte faz com que pensemos que está mais frio.
Assim funcionam as contrações: Temos um nível de dor para as aberturas e acomodações do bebê acontecerem. Quando ficamos presas a essas percepções, elas parecem mais intensas. Assim que trazemos a consciência para a respiração fluida, desconfiguramos as tensões extras, especialmente na região dos ombros, que criamos ao registrar a sensação da presença da dor.

Nas aulas de reta final trabalhamos a consciência em pontos de desconforto para desassociarmos nossa mente desses pontos, trazendo nossa atenção à respiração.
Ainda que sejam “falsas contrações”, aproveite essas sensações para exercitar essa consciência de liberação e desassociação.


Namastê!

Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
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domingo, 7 de julho de 2019

Movimentos e sensações de reta final: pré-parto 1

Com este texto/vídeo, começo uma sequência para as gestantes de último trimestre.  Vamos falar de contrações - falsas e de treinamento, liberação de desconfortos, etc, com muita consciência.
Neste 1º, movimentos associados à respiração, com apoio, que podem ser feitos até o trabalho de parto, com adaptações, para a descida e acomodação do bebê.


No último trimestre, especialmente na descida e encaixe do bebê, que comumente acontece da 34ª a 36ª semanas, alguns movimentos são muito bem-vindos para favorecer a parceria mãe/bebê, nesse processo.

O posicionamento para a descida acontece mais cedo do que 34 semanas, mas o encaixe da cabeça do bebê no assoalho pélvico da mãe, acontece por volta da 36ª semana, e pode ocorrer até mesmo dias antes do trabalho de parto efetivo.

Alguns movimentos são muito bem-vindos para a fase de pré-encaixe e encaixe, para a descida e acomodação do bebê.

Também para a liberação dos quadris e soltura do ciático, de tensões da coluna, joelhos e tornozelos.

O sppining baby, comumente feito na bola de yoga/pilates, pode ser feito com apoios alternativos.
Esse é um nome moderno para os movimentos dos quadris que favorecem esse processo de descida e encaixe. Lembre-se de que a lei da gravidade favorece essa parceria mãe/bebê, com movimentos simples e conscientes.



Para a gestante que tem a bola em casa, poderá usá-la de várias formas. Se não tiver, vou dar algumas dicas de como substituí-la em algumas práticas de reta final.

No vídeo que segue, vamos usar uma cadeira de apoio. Veja o que é seguro para você. Pode ser o encosto de uma poltrona ou sofá, o que permitir a você gerar os movimentos simples de liberação que vou apresentar. Pode ser feito até o trabalho de parto, entre as contrações, se a gestante se sentir confortável. Neste caso, o foco é na respiração e nas liberações ventrais, da região lombar e dos quadris. A firmeza dos pés se faz necessária.

Lembre-se de sentir-se segura ao fazer os movimentos anatômicos de liberação a partir dos tornozelos. Esteja conectada com a sua respiração e com a liberação que os movimentos sugerem.


Namastê!

Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
@cristianiw.bez
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
Yogashala Brasil – Centro – https://www.yogashala.com.br/
Yogaluz – Santa Mônica - http://www.yogaluz.com.br/



terça-feira, 25 de junho de 2019

Liberando os excessos dos ombros



É muito comum “carregarmos o mundo nas costas ou nos ombros”. Tensionamos essa região de forma inconsciente, trazendo uma força que certamente seria importante em outro ponto de nosso corpo.  Essa carga não só impede a fluidez da energia no plexo cardíaco, interrompendo ou diminuindo nosso diálogo respiratório com o ventre e baixo ventre, como gera tensão e dores nos ombros, costas, pescoço e articulações da face. 

LIBERAR OS OMBROS É SENTIR-SE MAIS LEVE, É DEIXAR PARTIR O QUE VOCÊ NÃO PRECISA CARREGAR!

Muitas vezes a tensão dos ombros interrompe a circulação de energia no centro do peito, dificultando a liberação das emoções, o estímulo à glândula Timo, associada ao nosso estado natural de alegria e estímulo à imunidade.

Na gestação, como tudo está em transformação contínua, no corpo, na mente e nas emoções, é comum gerarmos ou intensificarmos essas tensões. É importante tomar consciência dessa região especialmente no pós-parto, que temos o peso físico do bebê nos braços, mas comumente acessamos essa informação de “carregar” de forma incorreta.

Hoje vou apresentar variantes da postura do triângulo – TRIKONASANA – que trabalha o equilíbrio e consciência da nossa sustentação e expansão e também da nossa lateralidade, para liberar as tensões dos ombros e trazer a energia de sustentação para do baixo ventre aos pés.



Nesta variante, o afastamento entre as pernas é o suficiente para que a praticante encontre seu eixo interno, seu equilíbrio, e expanda o centro do peito, afastando com consciência, os ombros das orelhas, inspirando mentalmente até o topo da cabeça e exalando até o períneo ou planta dos pés.
É importante construir a postura percebendo o aterramento do baixo ventre até os pés e a expansão, especialmente do centro do peito.


É a mesma variante, mas com o espaçamento entre as pernas maior, para ativar mais a sustentação, por isso o apoio da parede, e o movimento dos braços para liberar os ombros, centro do peito, a parte superior do tronco com mais consciência. (vou mostrar esse giro no vídeo)


É ainda a mesma variante de Uttita Trikonasana, trabalhando o equilíbrio e lateralidade, com bastante consciência na sustentação, com ativação do períneo, com o apoio da cadeira. O giro dos braços e ombros também pode ser feito, ativando e liberando a parte superior do tronco.


Nesta torção, as escápulas são liberadas e com a consciência na respiração, acionamos mais espaços internos, ativamos os órgãos do ventre, períneo, pernas e pés.

Podemos então fazer o movimento dos braços, girando os ombros, para liberar mais... Com a amplitude do afastamento das pernas podemos acionar ainda mais a sustentação do baixo ventre até os pés.

Fiz um vídeo para exemplificar e unir essas variantes e informações. lembrando que, para as gestantes, é importante a presença de um apoio nesse afastamento mais amplo das pernas, para ativar com mais segurança o equilíbrio. No vídeo, apoiei em um tronco de árvore.

Lembre-se de liberar os ombros e sustentar períneo, pernas e pés!
Libere com consciência a energia do centro do peito e encontre mais espaço para o contentamento e a gratidão!

Namastê!

Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
@cristianiw.bez
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
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quinta-feira, 20 de junho de 2019

Dicas de yoga mamãe e bebê em casa



Praticar yoga no pós-parto é muitas vezes um desafio, com tantas funções com o bebê, mas certamente é um prazer que traz saúde, bem-estar, reconexão com o corpo, mente e energia...

Você pode encontrar 5 minutos entre as mamadas, com seu bebê acordado, e começar a criar esse ritmo consciente na vida dos dois... Pode aumentar o tempo, conforme o hábito vai se estabelecendo, com tranquilidade.

Hoje vou deixar a dicas de algumas posturas e respirações para você fazer próxima ao seu bebê ou com ele que vão trazer acesso à sustentação da musculatura do corpo, soltura de tensões, reconexão com o baixo ventre, ventre e com suas sensações internas. Também pode gerar estímulos importantes para o desenvolvimento saudável do bebê.

Para os bebês com mais de 1 mês e meio, independente do tipo de parto.


Inicialmente, crie um espaço de segurança para o seu bebê no solo em que possa se sentir à vontade para observar, relaxar, se mover e perceber você. Tenha objetos de estímulos sonoros, visuais e de toque, à mão.

Estabeleça a conexão com você através de uma postura confortável sentada, reconectando-se com seu eixo interno através da respiração.

Seu bebê se tranquiliza em perceber o seu estado natural de tranquilidade.

Você pode inspirar mentalmente até o topo da cabeça e exalar até acessar o baixo ventre e períneo.
É uma concentração mental e uma ação consciente.


Faça uso de uma almofada para sentir a presença do seu ventre novamente.
Inicialmente deite-se de bruços com o baixo ventre e abdômen sobre a almofada. Relaxe os ombros e feições do rosto e então inspire expandindo os braços lateralmente e exale liberando o tronco, cabeça e os braços à frente ou na lateral. 

Sinta a energia de sustentação desde o baixo ventre até a sustentação da coluna.

Perceba também a liberação de tensões que você gera na exalação.
Faça a contração perínea durante a inspiração para ativar o assoalho pélvico.

Tenha sempre alguns estímulos próximo a você e ao bebê, para fazer conexão com ele entre os ciclos de movimentos. 
Sons, texturas e cores...

Para sentir o corpo todo em estado natural de sustentação, podemos acessar em vários momentos do dia, até mesmo após as mamadas, a postura DANDASANA, que consiste em sentar-se com a coluna ereta e pernas bem ativas. Adaptar essa postura para a presença do bebê é bem interessante para acessar pontos de firmeza. Flexione os joelhos se sentir que não está pronta para ativar completamente as pernas, dê preferência ao acesso à coluna ereta e à consciência na respiração. 

Você pode construir essa postura fazendo a liberação dos ombros, sustentando mais os braços com a presença do bebê. Ele pode estar virado para você ou recebendo estímulos de bruços se tiver entre 2 e 3 meses.
Esse estímulo é muito especial para o fortalecimento do corpo do bebê desde à coluna até a força do abdômen.
Enquanto isso você respira com consciência e retoma a conexão com o seu corpo.



Você pode concluir sua dinâmica como iniciou, ou sentindo o contato do seu ventre sobre as coxas, relaxando os ombros e a cabeça. Perceba as feições do rosto se soltarem e os ombros relaxarem.
Vez ou outra, pode acarinhar seu bebê para que sinta  seu toque, já que ele é bastante sensorial.

Cada uma dessas variantes apresentadas podem ser feitas em sequência ou separadamente, conforme o seu momento e o do seu bebê. Sinta-se pré disposta a cuidar-se com tranquilidade e segurança e assim, gerar essa sensação ao seu bebê. Ele sempre pode sentir o seu estado interno...

Namastê!

Cristiani W. Bez Matsuoka
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domingo, 16 de junho de 2019

Simplicidade: o caminho sem excesso




No dia a dia, muitas vezes nos esforçamos para “dar conta” de muitas atividades que elegemos para fazer. É comum nos agitarmos mentalmente para encontrar estratégias a fim de cumprir tais funções. Deste modo, nos afastamos do conceito da fluidez, tranquilidade e segurança, visitando mais oscilações mentais e agindo com menos consciência.

No Yoga e na vida, buscamos acessar o que é preciso, com naturalidade, aceitando as oscilações e buscando acomodá-las, na medida do possível, na medida da tranquilidade...

Na gestação são muitas transformações, assim, exercitar essa naturalidade, nos ajuda a organizar nossas sensações internas.

Trilhamos nosso caminho no momento presente para lidar melhor com cada questão, vivendo o tempo real para gerar tais acomodações, sem ansiedade ou antecipações desnecessárias.

Trazer esse conceito para a prática é exercitar a simplicidade, nos liberando dos excessos que acreditamos fazer parte da nossa vida.

Nas aulas de yoga é comum ter um ombro mais tenso, segurando algo completamente desnecessário. Trazer consciência a essa soltura é poder levar firmeza a pontos que precisamos ativar.

Assim, podemos acessar com simplicidade o conceito de movimento natural de nossa energia.

Se retemos a energia inconscientemente em um ponto de nosso corpo, vai faltar em outro. Se contraímos a musculatura das costas e tensionamos os ombros e feições do rosto, podemos não conseguir dar a devida consciência à lombar e ao períneo, por exemplo, registrando uma sensação de tensão e não de firmeza...
Na gestação, é comum essa tendência à tensão aumentar.

Vamos então, praticar com simplicidade:
Observe a sua respiração natural por alguns instantes e perceba que ela flui naturalmente na inspiração e exalação. Se seu corpo precisa liberar mais espaços internos, é provável que uma expiração mais alongada ou até mesmo pela boca, resgate os espaços que você precisa para se sentir mais íntegra nesse momento. Se você quer acessar naturalmente mais expansão, aumentando os espaços entre suas vértebras, perceba que alongar a inspiração pode lhe trazer essa sensação...

Sinta e pratique o que é importante para você se sentir bem no momento presente! Tente não deixar seus “hábitos mentais” de fazer mais, tirarem seu bem-estar, fazendo escolhas contrárias ao seu equilíbrio.

Busque respeitar o ritmo das coisas e criar o seu ritmo pessoal, conforme for possível e saudável para você, liberando-se dos excessos.

Perceber com simplicidade o que você precisa acessar no momento presente é trazer, com tranquilidade, a fluidez necessária para o seu dia, é organizar sua energia interna de forma saudável.

Traga essa prática para todo o seu processo gestacional e o aprendizado para a vida será um presente!

Sair dos excessos mentais e fazer o que é preciso com segurança, fluidez e tranquilidade!


Lembre-se de que uma flor só desabrocha no seu tempo natural, não adianta apressá-la! Uma borboleta só sai do casulo quando está pronta para voar...
Confie no desenvolvimento natural das situações e acomode sensações, respirando, expandindo e liberando o que é preciso!



Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
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