sexta-feira, 31 de maio de 2019

Por que praticar yoga na gestação?



Neste momento especial de tantas transformações na vida da mulher, acessar uma ferramenta que lhe traga o acesso à tranquilidade e bem-estar é fundamental.

Nas aulas de Yoga falamos muito de fluidez, tranquilidade e segurança. Exercitamos do sutil ao físico essas percepções, como propósito da aula.

Sentir a respiração fluida, sem obstáculos é uma conquista que fazemos a cada aula para levarmos para o nosso dia a dia...

Perceber então, o movimento das posturas e as acomodações do corpo e do bebê com essa sensação de fluidez é uma busca constante das práticas.

Acessar o estado natural de tranquilidade para que a gestante se sinta bem com ela mesma e consiga transmitir a seu bebê essa sensação, também é um maravilhoso exercício que praticamos. Sempre com a consciência no eixo pessoal, nesse eixo interno entre o topo da cabeça e o períneo ou os pés, para que todas acessemos o nosso bem-estar, o nosso centramento. Afinal, costumo dizer que temos muitos motivos em nosso dia para sairmos de nosso eixo, mas um único, para retornarmos: nós mesmas!

Desta forma, se pode também transmitir ao bebê, essa busca de equilíbrio e bem-estar...

Acessamos essas sensações com as posturas, técnicas respiratórias e visualizações, que serão muito importantes também, no parto e pós-parto.

Ativar a presença da segurança é fundamental! Como a gestante tem muitas oscilações, físicas e mesmo emocionais, buscar o estado natural de segurança é sentir-se tranquila!
Fazemos essa ativação também com posturas, consciência do fortalecimento do assoalho pélvico, liberação dos excessos dos ombros e tensões da face, que mascaram o verdadeiro ponto que devemos sustentar...

Assim, com tranquilidade, fluidez e segurança, construímos uma consciência especial para conduzir nossa gestação, nossa vida, com todas as transformações que estão continuamente acontecendo! 

Se sentindo bem no momento presente para construir o bem-estar diariamente, acolhendo as oscilações...

Em cada período gestacional, ou em fases específicas da sua gestação, há momentos mais intensos que podem trazer instabilidade... Assim, esse acesso interno, do sutil ao físico, deixa a mãe mais consciente de seu potencial pessoal de resgatar seu bem-estar.

Sentir-se presente em sua essência, acolhendo-se e acolhendo seu bebê... 

Lembrando-se sempre de acessar o seu propósito pessoal que a levou à escolha da maternidade nesse momento...

Poderia falar de muitos outros objetivos, como preparo do assoalho pélvico especificamente para o parto e pós-parto, liberação de tensões, alongamento e fortalecimento adequados ao corpo da mulher neste período, respirações pré-parto, mas gostaria de deixar hoje, o propósito do exercício diário, em todos os períodos gestacionais, de TRANQUILIDADE, FLUIDEZ E SEGURANÇA!

Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
Yogashala Brasil – Centro – https://www.yogashala.com.br/
Yogaluz – Santa Mônica - http://www.yogaluz.com.br/






terça-feira, 28 de maio de 2019

Yoga casais grávidos



                                     

Durante a gestação, a mulher passa por diversas transformações e aos poucos vai se adaptando a cada uma delas, percebendo o desenvolver de seu processo gestacional, da melhor forma. O bebê cresce, se movimenta, se comunica e a mãe, que quanto mais consciente de sua gestação, mais conectada ela fica com todo este evoluir da gestação e do bebê. Alguns desconfortos também podem aparecer, especialmente no último trimestre, quando o sobrepeso gera sensações de pressão e bloqueios no corpo da mulher. 


O pai sempre acompanha todo o desenvolvimento da melhor maneira, mas muitas vezes não sabe como auxiliar no processo gestacional. Tenta estar junto nos exames de rotina, vivencia movimentos do bebê, atua de modo a poupar a mãe no seu melhor, mas muitas vezes sente que poderia participar mais, sem saber como.



Compreender o apoio necessário nas sensações da reta final, no parto e pós-parto, intensificando essa parceria que deu início a essa jornada gestacional é a proposta do Yoga casais grávidos.

Essa conexão que deu início a tudo deve ser intensificada para a nova etapa de vida da nova família...


Nas práticas direcionadas a “mamães e papais grávidos”, o casal aprende a respirar juntos, a entender e atuar em momentos de queda de pressão, inchaço excessivo, falsas contrações, etc. O futuro papai também aprende a apoiar a mãe em posturas (do Yoga) relaxantes e de ativação do corpo da mulher. Algumas técnicas de massagem também são ensinadas para serem aplicadas a qualquer momento e também no trabalho de parto.
Fundamentalmente, o casal acessa a cumplicidade que os uniu e que despertou a vontade de gerar o novo ser, a partir desta conexão.
É uma proposta que aumenta a integração e parceria neste momento tão especial.

São práticas com base no Yoga, cuidadosamente selecionadas pela Profª Cristiani Matsuoka, que geram bem-estar para os pais e bastante cumplicidade para o casal nesse momento tão singular.


Yoga: geste essa ideia da melhor forma!


Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
Yogashala Brasil – Centro – https://www.yogashala.com.br/
Yogaluz – Santa Mônica - http://www.yogaluz.com.br/








domingo, 26 de maio de 2019

Nervo ciático na gestação 3



Vamos nos conscientizar de que os quadris na gestação desenvolvem uma frouxidão de músculos, tendões e ligamentos, para favorecer o processo gestacional.

O alongamento é bem-vindo, assim como a sustentação de pontos específicos. O fundamental é ter a consciência do limite pessoal e adequado para as ativações e liberações.

Lembremos de que nosso corpo tem limites de alongamento para tendões e ligamentos! Na gestação, a frouxidão faz com que possamos perder a noção desses novos limites, não acomodando adequadamente a parte nervosa, que transmite as informações sobre tensão e movimento ao cérebro. Isso envolve a consciência sobre os músculos e articulações.
Recordando também da abertura dos ossos da bacia...
Assim, fica a pergunta: O que liberar e o que sustentar?

Se tem muita transformação temos de acessar as adequações para o nosso bem-estar!
A informação energética da região ciática quando está muito fragilizada pode ser o medo subconsciente... do que tem por vir, de liberar...

Desta forma, sustentar o que é preciso e deixar partir o que não preciso carregar, pode ser um bom propósito para esta prática.

Neste texto vamos compreender pontos de sustentação e liberação que envolvem os quadris e informa ao nervo ciático liberação, ao assoalho pélvico, sustentação, e ativação com alongamento para a coluna lombar,  pernas e pés.

No vídeo deste texto, com a aluna Elisa Meurer, já no último trimestre gestacional, fizemos uma prática de ardha kapotasana, com variantes de pernas ativas e ora com os pés flexionados e ora com o dorso dos pés no chão, para ativar o alongamento da perna como um todo e também a ativação.

No Yoga quando alongamos um grupo muscular, como por exemplo, a parte posterior da coxa, ativamos a parte da frente e vice e versa.

Lembremos de que os pés em ponta para as gestantes sempre deve ser uma passagem, pois favorece o aparecimento de cãibra. Assim, fazemos esse alongamento importante, associado ao movimento da respiração, ou na respiração completa, como no vídeo.

A respiração indicada é a ventral, em expansão e aterramento até a contração perínea. Pode-se fazer com a visualização até o topo da cabeça, na inspiração e até o períneo, na exalação, como também foi conduzido.

O centro do peito recebe um comando de expansão. Os braços são ativos até as mãos e os ombros, afastados das orelhas.

A ativação perínea pode ser percebida na sensação de sustentação dada à parte interna da coxa e do baixo ventre. São contrações que podem ser sutis, conforme a intenção e percepção da gestante.
A coluna recebe um comando de crescer para o alto e os encaixes pélvicos favorecem a sustentação da lombar. Isso também ocorre com a percepção mais atenta da gestante e do exercício proposto.

A perna que está flexionada à frente, pode estar com o calcanhar mais próximo à virilha, ou mais afastado, em direção à mão oposta. Isto vai depender do bem-estar da gestante, ainda que o ciático seja mais alongado à medida que esse calcanhar se afaste da virilha.



A virilha correspondente à perna ativada para trás é a mais alongada. Esse alongamento vai depender da consciência de ativação da perna e encaixe pélvico, bem como do bem-estar da gestante.

Para instrutores de Yoga: Pode-se descer um pouco à frente com os braços, alongando a coluna, soltando mais o assoalho pélvico e ciático, mas isso deve ser controlado de acordo com o espaço ventral da gestante e seu conforto. Uma variante suave do ardha rajakapotasana. Não deve ser feito no 1º e 3º trimestres gestacionais.

Lembre-se sempre de ouvir seu corpo, respeitar seus limites e ter a certeza de que as transformações em todo o corpo é um lindo ritual de transformação de padrões mentais para o seu novo propósito: gestar e ter mais um ser especial na sua história...

Muitas posturas de yoga que trabalham os quadris em suas movimentos vão favorecer a sua consciência e acomodação das transformações, mas lembre-se de que você está se abrindo para a vinda do seu bebê, para o novo!

Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
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sábado, 25 de maio de 2019

Nervo ciático na gestação 2



A parte de nervos e tendões estão sempre se adaptando na gestação. Buscar gerar estímulo de acomodação é uma constante, especialmente nas expansões mais intensas da bacia, que acontecem no desenvolvimento gestacional.

No texto 1 sobre o nervo ciático busquei apresentar essa região nervosa para que a gestante compreenda melhor as suas sensações e como lidar com um alongamento e soltura simples, especialmente quando está mais fragilizada, lembrando 2 aspectos fundamentais:
1.      Se o nervo ciático está inflamado é preciso repouso e aquecimento local e orientação médica;
2.      Como os quadris estão em constante expansão é fundamental alongar adequadamente a região ciática para evitar a dor, pois o sedentarismo é prejudicial ao ciático.

Pode parece complicado, mas é uma atenção consciente que nos traz a diferença e nos aponta os cuidados adequados.

Neste texto vou apresentar mais posturas e informações, para que os quadris sejam movimentados com bastante consciência na gestação, a fim de favorecer essa acomodação e também preparar para o parto e pós-parto. Lembrando de que o corpo, deve ser percebido como uma grande orquestra afinada, para que você respire, mova a energia e acesse pontos de ativação e liberação, em posturas simples.

A coxo-femural é um conjunto articular que pode ser movido em 360º.
Pense nos seus quadris, então imagine o ponto em que suas coxas se ligam a eles e todos os movimentos que você pode fazer... as expansões de virilha, abertura e expansão de pernas, rotações... Imagine quantos ligamentos estão conectados...

Na gestação gosto de lembrar as mulheres da soltura dos quadris e do “rebolado” que devemos construir para essa liberação... Fundamental para a acomodação das transformações dos quadris, para o preparo e encaixe do bebê e para a reconstrução da consciência pélvica no pós-parto. 
Lembremos de que o osso púbico se expande bastante no processo gestacional e essa região do baixo ventre também é referência de conexão com a sustentação, no trabalho do Yoga.

Vou apresentar então, algumas posturas com variantes, para trazer a consciência para os quadris e todo esse movimento, lembrando de acessar a expansão e o aterramento.

Em variantes de Sukhasana, a posição tranquila, sentada com as pernas entrecruzadas,  ou Siddhasana, uma perna em frente a outra, vamos estimular vários aspectos.


Nesta imagem, a gestante pode estimular o alongamento da coxofemoral, liberando essa parte nervosa dos quadris, que começa lá na lombar, passa pelo bumbum e vai até as virilhas. 
Lembremos de que nosso amado nervo ciático está aí também!
A perna que está na frente tem esse alongamento mais evidente, mas sempre um lado é diferente do outro.
As costas têm um propósito de fortalecimento, as escápulas podem dar um comando de ativação até as mãos, liberando os ombros.

Observe a pressão no bloco. Seja com as palmas ou com os dedos, trazemos a intensão de alongar e ativar. Pense em empurrar o bloco ou o solo, das escápulas às mãos, afastando os ombros das orelhas e expandindo o centro do peito.  Se tiver dúvidas, pergunte ao seu professor.


É fundamental gerar a consciência de ativação das escápulas às mãos, liberando os ombros, especialmente se pensarmos nos acúmulos do dia a dia, nas possíveis tensões do trabalho de parto e o lidar com o bebê no pós-parto.

O estímulo de visualização da respiração pode ser do cóccix ao topo da cabeça, na inspiração e, dos intercílios ao períneo, na exalação. Já favorece o centramento, a circulação consciente da energia e o acionar do assoalho pélvico.

Para instrutores de Yoga: Se for tranquilo para a gestante, especialmente nos dois primeiros trimestres gestacionais, pode-se adaptar a postura Dwi Pada Rajakapotasana (variante da postura da pomba real, com as pernas sobrepostas em triângulo, à frente).  Reconfigurando então a posição das pernas , espaçando-as mais e, descendo com o tronco conforme a possibilidade e conforto ventral.



Nesta imagem, a postura é a mesma, mas em uma variante de expansão mais presente do centro do peito e com a torção, que pode ser feita com respiração ventral, ajudando a conquistar espaços internos no abdômen e nas costas.




Nesta imagem, temos uma variante com mais informações. Trata-se da postura ardha kapotasana – a meia postura da pomba. É uma variante que também podemos trabalhar vários aspectos e portanto, vou preparar um texto para ela, com vídeo.

Espero que tenha compreendido um pouco mais o seu corpo, especialmente a região dos quadris e ciático e alguns movimentos conscientes a fazer... construindo a presença do “corpo todo tranquilo, fluido e saudável”.

Yoga: Pratique sempre com consciência!

Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
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Yogaluz – Santa Mônica - http://www.yogaluz.com.br/

terça-feira, 21 de maio de 2019

Yoga no pós-parto



No pós-parto a mãe está muito ligada com o bebê e envolvida com a amamentação e com a nova comunicação com seu filho, que até então estava completamente protegido no ventre.
É uma nova fase de descobertas e reorganização interna. Ao mesmo tempo que a magia e bênçãos da maternidade nos invade, temos sensações internas, cansaço e reacomodação de órgãos para fazer aos poucos. Deste modo, a necessidade de se reconectar consigo mesma é fundamental!

A mãe, para entender melhor e se integrar com seu bebê no pós-parto, tem a necessidade de continuar acessando seu espaço de tranquilidade. Assim, seu bebê, que é completamente sensorial, continua a sentir sua respiração tranquila e se harmoniza.

É comum a mãe estar 100% atenta ao bebê e se agitar com a descoberta de choros, cólicas do bebê, ou mesmo com os novos horários de sono e sua própria alimentação, que interfere na do bebê, ainda que tenha apoios do pai, avós, etc.

Assim, seu corpo registra tensões nos ombros, dores nos braços e costas, sono sem qualidade... se dando conta, muitas vezes desse mal-estar, somente quando as sensações estão muito intensas. Lembre-se de que o eixo interno ainda está se reestruturando, o digestório também pode estar fragilizado, você ainda pode registrar sensações de frouxidão...  mas de fato, o natural é querer “fazer o seu melhor”.

O resgate do seu bem-estar no entanto, é fundamental para se sentir tranquila, amamentar, reconectar-se com o seu ventre, com órgãos a serem ativados...

Ainda que você não registre tantas tensões, é fundamental se reconectar novamente com você e seu espaço de tranquilidade!

É importante acessar novamente o fortalecimento do assoalho pélvico, a expansão da coluna e fundamentalmente, a RESPIRAÇÃO CONSCIENTE com a sensação de relaxamento, para o resgate do bem-estar pessoal da mãe.

A prática de Yoga com o bebê, ajuda a resgatar esse espaço, com a segurança de estar com seu bebê e se cuidar ao mesmo tempo.

Criar momentos, de 5 minutos em casa em que você consiga fechar os olhos e perceber sua respiração fluida e presente, gerar os movimentos básicos da coluna e soltar os ombros e pescoço de forma consciente, pode ser uma escolha diária, para que todo o seu corpo registre um momento pessoal de equilíbrio.

Aos poucos, gerar mais posições, envolver o bebê se ele estiver acordado, ou ainda fazer algumas respirações com os olhos fechados e outras, conectada com seu bebê, pode ser uma construção de espaço de segurança para os dois.
Costumo sugerir nas aulas pós-parto, para as mães, respirarem nas práticas, por 5 vezes, sem pensar em outra coisa que não seja aquele momento. Se o bebê chorar (chamar de alguma forma), sugiro que mantenha a dinâmica das 5 respirações e depois dê atenção ao bebê.

SÃO 5 RESPIRAÇÕES DE CONEXÃO COM OS SEUS ESPAÇOS INTERNOS E A SUA TRANQUILIDADE! VOCÊ VAI SE COMUNICAR DE FORMA MUITO MAIS HARMÔNICA COM SEU BEBÊ E ELE PERCEBE...

É de fato um processo de reeducação pessoal para a vida... É como a fala no avião: “Primeiro ponha a máscara em você, depois ajude quem precisa.”

QUANDO VOCÊ SE SENTE MAIS PRESENTE EM VOCÊ, CONSEGUE SE ENVOLVER COM MAIS QUALIDADE NO DESENVOLVIMENTO DO SEU BEBÊ.

Ele terá picos de crescimento, formas de chorar diferentes para comunicar suas necessidades, ou simplesmente para “falar”. Se a mãe não se sentir mais confortável consigo mesma, muitas vezes não percebe algumas sutilezas e se cansa excessivamente...

Assim, trazer para a sua rotina diária, momentos de reconexão é fundamental.

Se for caminhar com o carrinho, pare uns instantes, sinta o calor do sol por algumas respirações, perceba seus centros de energia e sinta o sol iluminar e aquecer essas regiões, especialmente o ventre - umbigo (Manipura Chakra), a garganta (Vishuddhi Chakra ) e o espaço entre as sobrancelhas  (Ajna Chakra). Um minuto de reconexão!
Ao retornar a caminhada, perceba o encaixe do cóccix, ative o períneo, dê alguns passos mais longos e perceba a parte interna da coxa, respire com profundidade...
Exercite também, simplesmente caminhar, contemplar a paisagem e comunica-la a seu bebê, compartilhando suas impressões... A contemplação da natureza é bem relaxante...
Faça Ujjayi pranayama (ver texto no blog) por algumas vezes para retomar sua energia! Experimente outras técnicas ou simplesmente, visualize a passagem do ar pela garganta...

RETOME COM CARINHO A CONEXÃO COM VOCÊ MESMA E EXPANDA ESSA SENSAÇÃO AO SEU BEBÊ! APRENDIZADO PARA A VIDA!

Nesta dinâmica de aula mamãe e bebê, as mães estão, nesta imagem,  soltando os ombros, a cabeça e as costas aos poucos... realinhando os pés e pernas para reajustar seus espaços internos...
Alguns bebês estão atentos às mães, outros, tentando se conectar com o outro bebê (é bem comum após os 2 meses) e ainda há um que dormiu... 


Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
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segunda-feira, 20 de maio de 2019

Posturas - Digestório/intestinos e assoalho pélvico




Quando estamos conscientes dos movimentos naturais do ventre, que envolve o bebê e toda a reorganização do digestório no desenvolvimento da gestação, podemos gerar adaptação de várias posturas. Estimular a forma mais anatômica e consciente para auxiliar na digestão, funcionamento dos intestinos e fortalecimento do assoalho pélvico.

Lembre-se de que acessar a presença em você e construir a consciência da respiração é fundamental!

Vamos dar uma atenção especial neste texto à respiração abdominal ou ventral.
Você pode praticá-la para tranquilizar a mente, percebendo o ar entrar, expandindo suavemente seu ventre e baixo ventre e, então, perceber o ar sair, enquanto se esvazia por completo. Pode praticar sentada, deitada ou com apoio, dependendo do seu período gestacional (a bola grande de pilates/yoga é um excelente apoio, bem como almofadões na parede)
Para a prática de pé ou variantes sentada, podemos gerar mais estímulos e acessar musculaturas de sustentação das costas, coxas, pernas e assoalho pélvico. Sempre presente nos pontos de sustentação e liberação. Assim, você estimula o fortalecimento consciente de músculos e ativa e libera o digestório e os intestinos.
Reler os textos do blog sobre limpeza interna (sauchan), intestinos e assoalho pélvico, vão ajudar em várias percepções.

Busque a orientação de um professor de Yoga especializado para praticar com segurança!
Se você é professor, certifique-se de adaptar os apoios ao período gestacional e a eventuais  limitações das gestantes.

UPAVESASANA (a postura sentada de cócoras)





Essa postura é bastante anatômica para estimular o assoalho pélvico. O estímulo ao períneo, com a contração e liberação dos esfíncteres pode ser um exercício bem positivo. As indianas e índias fazem muito essa posição para a preparação para o parto.
A tração que a parte interna da coxa gera nos intestinos também auxilia na sua liberação, mas é fundamental respirar com profundidade, circular a energia no digestório, manter a coluna ativa e os ombros afastados das orelhas.

Assim, também a coluna é ativada e o centro do peito expandido.
Se a gestante não consegue colocar os pés no solo pode contar com o apoio de um cobertor ou tapetinho enrolado, para dar sustentação à postura.

 Ou ainda fazer uso da bola de pilates/ yoga para estimular mais a parte interna das coxas, o assoalho pélvico, conforme a imagem.

A respiração nesta prática pode ser abdominal, Ujjayi (ver texto), ou fluida no eixo -em expansão e aterramento entre o topo da cabeça e o períneo (ver texto).

UTKATASANA – variante com o apoio da bola


Nesta variante sobre a bola, o estímulo ao assoalho pélvico e o favorecimento do encaixe da coluna é mais presente e pode ser praticada até o final da gestação. O afastamento das pernas nesta variante é de acordo com a anatomia da gestação.



Essa posição, que é feita de pé, com os joelhos semi-flexionados, fortalece as pernas e coxas, ativa as panturrilhas e o aterramento. Reorganiza o alinhamento do corpo, fortalece as costas e ativa o ventre.
(Também podemos gerar esses benefícios com o apoio da bola)


Na gestação, o afastamento das pernas de acordo com os quadris é importante para o equilíbrio, exercício da sustentação e bem-estar.
Construir essa postura em uma base "instável" ajuda a gestante a buscar o equilíbrio nas "oscilações". É um aspecto importante que pode ser trabalhado do físico ao sutil.

Com a respiração ventral mais ativa (expandindo e esvaziando profundamente o ventre) estimulamos o digestório.

Respirar em Ujjayi pranayama, estimulando a respiração que percorre o eixo, podemos nos sentir mais energizadas, com a mente tranquila e com sensação de firmeza e sustentação, especialmente se ativamos os esfíncteres.

O assoalho pélvico então, também pode ser trabalhado nesta posição, com respirações que acessem a contração dos esfíncteres.

Os glúteos são fortalecidos e a lombar fica bem estruturada com o encaixe entre púbis e cóccix.

Os braços podem ser estendidos ou, as mãos podem se unir diante do peito para estimular o afastamento dos ombros e a consciência nas demais funções da postura.

Movimentos de expansão lateral com os braços também podem ser feitos, associados à respiração, para liberar escápulas e expandir o centro do peito.

Essa postura é bem versátil para se praticar na gestação. Pode ter mais variantes inclusive em movimento, para estimular as panturrilhas,  liberar os joelhos e tornozelos e ativar o aterramento dos pés, que é fundamental para as gestantes.

Observe a ênfase que quer trabalhar e certifique-se de estar acessando esses benefícios.

Construa essas percepções aos poucos...
Se tiver dúvidas, peça auxílio a seu professor.
Pratique com consciência e segurança!

Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
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sábado, 18 de maio de 2019

Intestino preso – o que fazer?



É comum a gestante ter constipação intestinal, pois os órgãos do seu digestório estão mexidos e a energia de liberação dos intestinos também. No Yoga, o mesmo movimento energético que ativa os intestinos, rege a sustentação de órgãos internos, assim, é necessário liberar e sustentar com consciência.
O ritmo respiratório, que interferem em "estados de ansiedade" e vice-versa, o excesso de controle mental,  também interferem na dinâmica digestória e na atuação dos intestinos. 

Trabalhar a soltura é fundamental! As técnicas de limpeza e liberação (textos e vídeos no blog - Sauchan  e  técnica respiratória de liberação), os movimentos básicos da coluna (texto e vídeo no blog), vão ajudar a mover com adequação o digestório, trazer consciência para a sustentação do baixo ventre, massageamento dos órgãos e liberação dos intestinos. No entanto, cada gestante tem um processo pessoal, uma dinâmica respiratória, um tipo de alimentação e prática regular de movimentos conscientes ou não, processos internos... Tudo isso vai interferir na atuação do digestório e liberação dos intestinos.

No Yoga, a energia responsável pela limpeza dos intestinos é apana, que também dá comando de sustentação ao baixo ventre e região perínea. Essa energia também atua no parto.

A energia que ativa os órgão digestórios é de constante movimento, nosso "fogo de transformação", é samana. Lembre-se de que também temos de digerir ideias e emoções... 

Precisamos então enviar informações conscientes e adequadas para ativar o digestório, saindo dos "excessos mentais", para mover e liberar o que é necessário e sustentar o que é preciso.

É muito importante estar consciente da fluidez da sua respiração e trazer a mente para os movimentos que você vai fazer, por mais sutis que pareçam. Acesse seus espaços internos.

Afinal, onde vai a sua mente, vai a sua energia. Traga então a consciência para o digestório e baixo ventre! Visualize seu corpo internamente.

Exercite a respiração de expansão e esvaziamento ventral (respiração abdominal), para ativar o digestório.

Trabalhe a respiração no eixo entre o topo da cabeça e o períneo, expandindo e aterrando até a contração dos esfíncteres, seguida da liberação dos mesmos.

Exercite Ujjayi pranayama (já explicada no blog) para se sentir com mais energia. Use essa técnica para fazer a respiração com a visualização do eixo e também a técnica de expansão e esvaziamento ventral.

Busque acessar seu estado natural de tranquilidade a partir da respiração.

Se tiver dúvidas, pergunte ao seu professor sobre essas técnicas respiratórias.

Desta forma, vou dar uma dica de postura que favorece a visualização e sensibilização interna do ventre e baixo ventre com massageamento ventral a partir dos movimentos respiratórios.

Nesta dica, é fundamental então perceber a energia da respiração, no digestório e baixo ventre, nessa postura que favorece a anatomia de ativação e liberação dos intestinos, bem como, a consciência do assoalho pélvico.

A liberação dos esfíncteres nessa posição, VAJRASANA, com a respiração abdominal (expansão e esvaziamento ventral), respirações profundas e fluidas, auxiliam o massageamento e liberação dos intestinos. (Já apresentamos essa postura no texto Sauchan)

Contrair os esfíncteres, é também um comando que pode ser trabalhado e vai atuar no fortalecimento pélvico e da lombar. Essa contração pode ser feita ao final da exalação, seguida da liberação. Assim, você vai estar consciente dos dois comandos.

Veja o que é tranquilo e seguro para você fazer hoje! Lembre-se de que você deve esvaziar a bexiga para fazer esta prática! 

Cuidado também para não forçar os joelhos!

Lembremos também que uma sequência de posturas com os movimentos básicos da coluna, posturas de pé e sentadas que gerem massageamento nos órgãos vão contribuir nesse processo de liberação. 

Temos vários exemplos no blog! Consulte um professor especializado se tiver dúvidas.

FUNDAMENTALMENTE LIBERE-SE... O EXCESSO DE CONTROLE MENTAL TAMBÉM PRENDE OS INTESTINOS!

PERMITA-SE GESTAR, SENTINDO E ACOMODANDO AS SENSAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES QUE SÃO MUITAS...

ACESSE COM CONSCIÊNCIA E TÉCNICAS A SUA RESPIRAÇÃO, QUE PODE RESTABELECER SEU BEM ESTAR E SUA CONEXÃO COM VOCÊ!

Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
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Nervo ciático na gestação - 1



O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano. Inicia na região glútea e vai até os tornozelos e pés, mas tem várias raízes nervosas na coluna vertebral, causando dores reflexológicas.

Na gestação, a mulher tem um afrouxamento natural na região dos quadris, o aumento de peso e do espaço ventral e alteração postural. A reorganização constante do corpo da mulher para as adaptações aos períodos gestacionais, fragilizam comumente o nervo ciático, que controla as articulações dos quadris, joelho e tornozelo, atua na musculatura e conduz as sensações das pernas.

Alguns especialistas chamam essa fragilidade de “dor ciática”, por ter vários pontos reflexológicos nas costas e até mesmo no dedo grande dos pés. Na gestante, este nervo costuma inflamar, na região, glútea, até a parte posterior da coxa.

Quando o ciático está inflamado, o repouso e aquecimento local devem ser feitos e o médico deve ser consultado, especialmente se houver necessidade de uso de medicamento.
Normalmente a lateral que vai inflamar é a mais usada pela gestante. Assim, se for destra, a lateral direita ficará mais fragilizada.

A gestante, que já não deve carregar peso, neste período também não deve fazer movimentos bruscos e deve evitar friagem. Quando fizer uso de bolsa de água quente ou escalda pés, deve garantir que vai se recolher, pois golpes de vento ou alternância de temperatura podem piorar os sintomas.

No entanto, o sedentarismo também fragiliza o ciático, assim, alongamentos conscientes são fundamentais.

Algumas posturas de Yoga devem ser praticadas diariamente pelas gestantes que já têm essa pré-disposição. 

Inspire alongando do tornozelo até as costas.
Faça algumas respirações nesta posição para acomodar as sensações, se sentir necessidade

Exale trazendo o joelho na direção da testa.
Repita essa sequencia simples, com o apoio da parede, algumas vezes, quando for possível para você, para sentir esse alongamento consciente. Algumas variantes e movimentos complementares podem ser acrescentados à medida que você pratica e se identifica com essas posturas, ou ainda, de acordo com a sua necessidade. Essa sequencia também atua na coluna e no digestório.

Massageamento com bolinhas na região dos glúteos, lateral das coxas e panturrilhas também são bem eficazes. Vou incluir um vídeo curto para demonstrar melhor essa técnica simples com bolinha. Deve ser feita para liberar. Essa técnica é bem-vinda se a região ciática estiver fragilizada, mas não inflamada!

O uso da bola grande de pilates/yoga é muito apropriada até o final da gestação e trabalho de parto, mas deve ser levemente esvaziada para dar segurança e maior maleabilidade à gestante. Movimentos circulares acompanhado de técnicas respiratórias fazem um excelente trabalho no assoalho pélvico e quadris, de fortalecimento e liberação.

Lembre-se sempre de que seu professor de Yoga deve saber o ponto da sua fragilidade para orientá-lo da melhor forma.

A respiração profunda é fundamental para acompanhar cada movimento e a prática das posturas de Yoga. Assim, a acomodação das sensações acontece, a musculatura se distensiona para acomodar o nervo e registrar a informação de liberação que é sentida pela gestante.

Esteja bem atenta às informações que passa ao seu corpo. Se ele já está pré-disposto a tensionar, lembre-se de trazer leveza e liberação para o seu dia, para os seus movimentos e escolhas...

Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
(48) 99167-6361
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis – SC
Yogashala Brasil – Centro – https://www.yogashala.com.br/


Yogaluz – Santa Mônica - http://www.yogaluz.com.br/




terça-feira, 7 de maio de 2019

Segundo filho: como lidar com os ciúmes e reações do mais velho?



Quando decidimos aumentar a família ou mesmo se a 2ª gravidez acontece, percebemos as virtudes da escolha e também as dificuldades.
Logo buscamos a organização da casa, apoio, escola, que de alguma forma já passamos com o primeiro filho. Muitas vezes, no entanto, temos de lidar com reações do mais velho, que mexem conosco, em um momento em que temos de ter disposição e energia para a segunda gestação, para os demais da família e para nossas atividades diárias.
Lembrar de que cada ser humano é único e não tem receita para a educação é sempre bom ter em mente! Porém, algumas dicas de mãe, posso tentar passar para vocês, que vivi pessoalmente e também com muitas de minhas alunas que compartilhavam sua experiência. Algumas tiveram 3 filhos e generosamente compartilharam e até mesmo desabafaram experiências.

A questão básica abordada por todas é o exercício da paciência durante a gestação, que envolve o interesse dos pequenos pela barriga, pela vinda do caçula e também algumas reações de regressão, especialmente quando o bebê está para nascer ou quando está mamando.
O exercício da paciência envolve seu tempo de respiração e práticas só com você, para ter discernimento do que contar, abordar e delegar.

LEMBRE-SE DE QUE ELES ESTÃO MAIS PERCEPTIVOS E SENSÍVEIS E VOCÊ TAMBÉM!

É importante falar de possíveis parcerias, do quanto o mais velho vai poder ensinar ao caçula, uma vez que ele já sabe muito mais brincadeiras do que o outro, também já sabe comer, interagir com o mundo, enquanto o caçula terá de ser ensinado. SER O IRMÃO QUE DÁ DICAS E ENSINA É DIVERTIDO! Ainda que você saiba que não é bem assim, essa foi uma estratégia que funcionou bem entre as mães.
A fala de “ajudar a cuidar” também é interessante, especialmente para aquelas crianças que curtem trocar fraldas, roupas, embalar o bebê... Perceba isso no mais velho e use se tiver abertura, mas não crie essa expectativa de responsabilidade de cuidados, caso não seja do temperamento de seu mais velho. 

LEMBRE-SE DE QUE "AJUDAR A CUIDAR DO BEBÊ" É SÓ UM ESTÍMULO À INTERAÇÃO ENTRE ELES, COM A SUPERVISÃO TRANQUILA DE UM ADULTO.

Me lembro que minha mais velha dizia que queria fazer penteado na caçula, então favoreci isso e foi divertido...
Estimulei também minha mais velha a conversar com a irmã através do umbigo. Ela me contava seus anseios em relação à vinda da irmã e isso me ajudava nas próximas abordagens. Assim dedicar tempo com paciência, nos ajuda a entender como dar os próximos passos, mesmo que os ciúmes não tenham aparecido.
Algumas mães me relataram que o mais velho tinha ciúmes porque o bebê ia, na barriga da mãe, passar o dia todo com ela. Uau! A dica nesse caso foi dizer que o bebê até dormia ou se mexia demais de chateação, pois ter de ir trabalhar com a mãe e correr com as tarefas de casa não era muito legal. É bom quando estamos em casa, fazendo tudo com tranquilidade, brincando, assistindo tv, dormindo, etc... coisas que você faça também com o mais velho.

LEMBRE-SE DA DICA DE FAZER COM TRANQUILIDADE, POIS AGITAR-SE SIGNIFICA AGITAR A CASA TODA! Seus limites são outros e deve rever prioridades para equilibrar-se e equilibrar as pessoas da casa. 

TENHA COMO SUA PRIORIDADE O SEU TEMPO PESSOAL DE QUALIDADE. CRIE ESSE ESPAÇO NO SEU DIA A DIA AINDA QUE POR 5 MINUTOS SAGRADOS!

Outra dica foi sugerir que o pai encontrasse um tempo maior de qualidade para passar com o mais velho, mesmo que já tenham seus momentos de atividades. Isso vem como um presente e ajuda muito. Mais leituras de livros, passeios, brincadeiras, jogos, é um bônus, que pode ser programado durante a semana e/ou aos finais de semana.

LEMBRE-SE DE AUMENTAR ESSE TEMPO COM O PAI OU ATÉ MESMO COM AVÓS E TIOS PRÓXIMOS PARA SER UM BÔNUS, NÃO PARA QUE ELE SINTA QUE VOCÊ ESTÁ AUSENTE!

Algumas mães que tiveram o segundo filho com pouco espaço, 1 ou 1 ano e meio de intervalo entre as gestações, disseram que a presença do pai foi fundamental, pois os pequenos ainda não expressavam seus anseios claramente, só com regressões como não dormir, não comer e chorar muito. As brincadeiras com os pais e também com a mãe (sem preocupação) ajudaram muito. Intercalar colocar para dormir, ora o pai ora a mãe também foi bem positivo. Comer juntos ou não fazer alardes caso não coma adequadamente naquela refeição também é importante. Lembre-se de não dar muitos beliscos e compensar na próxima refeição principal. 

SE VOCÊ EXERCITAR VIVER O TEMPO PRESENTE, VAI PERCEBER QUE O MOMENTO DE BRINCADEIRAS OU ACONCHEGO COM O MAIS VELHO É MUITO ESPECIAL! TIRE DA SUA MENTE E LIBERE A ENERGIA DE "PRÉ OCUPAR-SE" COM O QUE ESTÁ POR VIR...

Ao nascer, é comum os mais velhos quererem experimentar o leite materno ou regredirem na alimentação, uso de fraldas e até mesmo chupeta.
Quanto ao leite materno, tire um pouco em uma colher e dê para experimentar, caso esteja muito curioso, mas lembre-se de que deve explicar que ele não tem mais idade para mamar no peito, pois tem dentes grandes e fortes para se alimentar com outras coisas muito mais gostosas! Valorize o que seu filho já come! Talvez, lamente que o bebê só possa tomar aquele leitinho...

LEMBRE-SE DE DAR COLO PARA O MAIS VELHO COM ABRAÇOS E BEIJOS E ATÉ MESMO CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS, OU ASSISTIR UM PROGRAMA DE TV, ACONCHEGADOS... muitas vezes a necessidade do mais velho é somente o aconchego tranquilo da mãe.

Também é importante valorizar as brincadeiras e atividades que vocês podem fazer juntos, pois o bebê ainda é pequeno para entender ou praticar o que seu mais velho habilmente já faz!

Lembro-me de dizer a minha mais velha que ela estava aprendendo a ler e escrever enquanto a caçula estava aprendendo a enxergar as coisas... O quanto era importante também a mais velha observar o jardim ou o céu e árvores nos passeios, para apresentar à caçula. Era relaxante para todos...

Não se intimide com birras e teimosias, que podem ser reflexo do ciúme para chamar a atenção. Tente voltar ao seu equilíbrio e mantenha “os combinados ou regras” que vocês já estipularam. As crianças percebem quando você se sente acuado e abre mão em determinadas situações e pode repeti-las com frequência. A flexibilidade é sempre positiva, mas submeter-se a “chiliques”, não.

Uma mãe me contou que seu mais velho começou a se jogar no chão para conseguir mais atenção. Começou em casa e ela chamou sua atenção, mas se deixou influenciar pelos apelos. Quando se deu conta, estava fazendo o mesmo em lojas e restaurantes onde iam, o que gerava muito constrangimento.

LEMBRE-SE DE DIZER NÃO, EXPLICAR O PORQUÊ E SE COLOCAR DE FORMA FIRME NAS SITUAÇÕES DE CONFLITO. Isso é de fato educar, e certamente é difícil, mas educamos para a vida, que vai pedir respeito e dar limites... Use a flexibilidade com sabedoria e não por desespero.

Lembro-me de minha mais velha em uma loja de brinquedos em que estávamos comprando um presente de aniversário para uma amiguinha da escola. Ela viu uma criança se debatendo no chão e chorando para conseguir um brinquedo da avó, que não hesitou em lhe dar para acabar com a cena.
Pouco tempo depois, Luna, minha mais velha, que tinha 5 anos e a irmã recém-nascida, fez uma cena semelhante. Sem falar nada, peguei-a no colo, saí da loja, instalei-a na cadeirinha de segurança e fomos para casa sem uma palavra. Lá, ela se deu conta de que não havíamos comprado o presente e lhe expliquei que não era daquela forma que fazíamos e que me senti mal pelo que ela havia feito. Perguntei se ela achava certa aquela atitude, se condizia com nossas compras, com nosso tempo juntas e com nossos combinados. Ela percebeu que não surtiu efeito e nunca mais tentou essa abordagem. E foi para a escola sem o presente, que foi comprado depois, por mim, sem o passeio dela na loja de brinquedos, para que se lembrasse de nossos combinados e de como sempre foi divertido da forma como fazíamos.

Essa sou eu, minha filha Luna e Clara na barriga...

Essas são algumas dicas e experiências que compartilho com vocês. Se tiver mais alguma dica que ajude outra mãe ou alguma pergunta que estiver ao meu alcance, não hesite em fazer nos comentários.
Lembre-se de que são dicas de mãe e educadora e de que você conhece seu filho e seu temperamento mais do que ninguém! Precisa, no entanto, se sentir equilibrada para lidar com as oscilações do mais velho e algumas dicas sempre são positivas e podem ser filtradas por você na sua situação.

A MATERNIDADE É UM EXERCÍCIO DIÁRIO QUE VEM COM O A BUSCA DE SEU MOMENTO COM VOCÊ PARA O MELHOR DISCERNIMENTO!
AUTOCUIDADO SEMPRE!

Algumas mães me passaram também dicas de introdução na escolinha, reunião de mães para passeios juntos e troca de experiências, etc. Escolhas bem positivas que podem ser acessíveis a você!

Lembre-se de respirar e praticar alguns momentos só com você, buscando seu estado natural de tranquilidade... Busque também se divertir com seu mais velho, vivendo momentos únicos! Isso já responde a muitos quesitos...

Namastê!
Cristiani W. Bez Matsuoka
Professora de Yoga para gestantes em Florianópolis - SC